A torcida do Flamengo e o fetiche por reforços
Por Antonio Mota
O Flamengo vai encarar o Club Olimpia-PAR no Estádio Manuel Ferreira, às 19h15 (de Brasília) desta quarta-feira (11), pelas quartas de final da Conmebol Libertadores. Em meio a um dos jogos mais tensos e aguardados da temporada, o Rubro-Negro precisa conviver intensamente com os pedidos da Nação por reforços. E isso é normal, mas, aparentemente, parte da torcida vermelha e preta quer contratações a qualquer custo. E, bom, não é assim.
Em uma espécie de fetiche pelo mercado da bola, torcedores cobram reforços e mais reforços ao Flamengo. Muitos ignoram o momento financeiro do futebol mundial, os imbróglios causados pela pandemia da Covid-19, a necessidade de renovar com nomes consagrados do elenco, como Arrascaeta, e todo o cenário que envolve o clube e o esporte na atualidade. O futebol da 'vida real' não pode ser pensado como se fosse um videogame.
O Flamengo se reconstruiu e voltou a ser uma potência na América do Sul por conta da sua força financeira. Ou seja, o Fla “parou” de fazer loucuras financeiras e se reestabeleceu fazendo movimentos cirúrgicos e gastando o que pode, seja em salários, luvas, comissões, direitos econômicos etc. E foi esse processo que o tornou dominante no Brasil. Se “chutar o balde” e abrir mão da saúde dos seus cofres, o Mais Querido vai estar fadado ao fracasso.
É óbvio que o Mais Querido precisa de reforços – pontuais e sem gastos absurdos, notando que o clube detém um dos melhores elencos do continente –, mas não há motivos para desespero ou para movimentos arriscados neste momento. E muito menos para irresponsabilidades financeiras. É hora de prezar pela bem do clube.
O Fla não pode sair dos trilhos, e a Nação que tenha calma.
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