A relação do São-Paulino com a Libertadores

Sao Paulo's fans cheer at the beginning
Sao Paulo's fans cheer at the beginning / MAURICIO LIMA/Getty Images
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Por Gabriela Martins 13.09.2020

O são-paulino e a Conmebol Libertadores têm uma relação intensa e eterna. Sabe aquela pessoa que você não consegue se desvencilhar, nem quando estão em uma fase ruim? Aquele amigo que você não está muito próximo ultimamente, mas o sentimento não muda nunca? Sempre tem aquela ansiedade extrema quando vão se encontrar, e quando chega é um sentimento de preenchimento. Todo torcedor gosta e almeja ganhar a Conmebol Libertadores, claro, mas vocês vão me desculpar, pois para o são-paulino é diferente. Tem algo a mais, MUITO a mais. 

O são-paulino não é nada sem a Libertadores, o ano nem vale a pena se não tem o sentimento de tomar a Praça Roberto Gomes Pedrosa e fazer aquela festa com bandeirões pré-jogo, de receber o ônibus dos jogadores com os sinalizadores e muita fumaça, de entrar no estádio e se arrepiar dos pés à cabeça quando a torcida começa a cantar “Salve o tricolor paulista” e explode quando chega no “Ó tricolor” com as mãos no alto.

Praça Gomes Pedrosa dia 11 de março de 2020 tomada de são paulinos pré jogo SPFC x LDU. Último antes da paralisação da Conmebol Libertadores.
Praça Gomes Pedrosa dia 11 de março de 2020 tomada de são paulinos pré jogo SPFC x LDU. Último antes da paralisação da Conmebol Libertadores. /

Pois é, o último título vem daquele São Paulo de 2005 montado pelo Leão que deu espaço no último jogo da primeira fase para o técnico Paulo Autuori. Desde lá temos alguns “quases”, decepções (a eliminação em 2008 contra o Flu, a de 2010 contra o Inter, e a de 2016 contra o Atlético Nacional são as que mais me doem), e principalmente, muita saudade de conquistar a América e fazer história. Afinal, apesar do jejum de 15 anos sem uma conquista, ainda somos o time brasileiro com maior número de títulos ao lado de Grêmio e Santos. 

Novamente, a chance de trazer a tão almejada taça para o Morumbi está aí. E a expressão “a camisa pesa” não poderia ser mais verdadeira e encaixar mais nesse caso. O são-paulino não poderá empurrar o time no estádio, mas com certeza, o frio na barriga no dia do jogo será o mesmo. É hora de fazer história pela quarta vez, que venha a Conmebol Libertadores.