A primeira Copa! Conquista de exatos 37 anos atrás vira marco para moldar identidade do Grêmio

NELSON ALMEIDA/Getty Images
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Uma data inesquecível: 28 de julho de 1983. Na noite fria de Porto Alegre, o Grêmio pintou a América de azul ao ganhar a Libertadores pela primeira vez. A vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol, em um Olímpico pulsante e emotivo, colocou para sempre nomes como Mazaropi, Hugo De León, Paulo Roberto, China, Oswaldo, Tita, Tarciso, César e Renato nos anais da história tricolor. Mas, muito mais do que isso, aquela conquista foi apenas o capítulo inicial de uma simbologia que, até hoje, está intimamente ligada ao clube gaúcho.

O Grêmio, naquele ano, disputava apenas a sua segunda Libertadores. Na temporada anterior, havia debutado com uma eliminação precoce ainda na fase de grupos. Mas a derrota trouxe ensinamentos. E, a partir de 1983, incorporou o chamado espírito copeiro, algo que é típico da equipe - e, nesses moldes, de ninguém mais no Brasil. O Tricolor mostrou sua força ao montar um time cascudo, capaz de superar as maiores dificuldades em busca de um objetivo. Se no caminho estava um super Flamengo, este ficou para trás. Se era preciso enfrentar a altitude de La Paz, ela foi engolida. Se era necessário guerrear em La Plata, não deixou por menos.

Sim, a campanha do Grêmio naquela competição se transformou em um marco não apenas para o futebol do Rio Grande do Sul, que de forma inédita ultrapassava ao fronteiras do país. Ela serviu para moldar um estilo de jogo do qual os tricolores se orgulham. Ser copeiro e lutador não significa entrar em campo para bater, mas sim para não se entregar jamais. Não é à toa que, diante de argentinos, uruguaios, paraguaios, chilenos entre outros, um clube do Sul do país, com bem menos poderio financeiro que alguns rivais de São Paulo e Rio de Janeiro, tem hoje os principais números do Brasil na Libertadores. Ninguém tem mais títulos que o Grêmio. Ninguém tem mais vitórias que o Grêmio. E tudo começou há 37 anos. Parece que foi ontem, afinal, o aprendizado fica para a eternidade.

A CAMPANHA DA CONQUISTA TRICOLOR

PRIMEIRA FASE

GRUPO 2

Grêmio 1 x 1 Flamengo - Olímpico

Blooming 0 x 2 Grêmio - Ramón Tahuichi Aguilera

Bolívar 1 x 2 Grêmio - Hernando Siles

Grêmio 2 x 0 Blooming - Olímpico

Grêmio 3 x 1 Bolívar - Olímpio

Flamengo 1 x 3 Grêmio - Maracanã

SEGUNDA FASE - TRIANGULAR

GRUPO 2

Grêmio 2 x 1 Estudiantes - Olímpico

América de Cali 1 x 0 Grêmio - Pascoal Guerrero

Grêmio 2 x 1 América de Cali - Olímpico

Estudiantes 3 x 3 Grêmio - Jorge Luis Hirschi

FINAL

Peñarol 1 x 1 Grêmio - Centenário

Grêmio 2 x 1 Peñarol - Olímpico

OS NÚMEROS: 12 jogos com oito vitórias, três empates e apenas uma derrota. 23 gols pró e 12 contra.

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