A pá de cal! Sem rumo dentro e fora de campo, Grêmio de Romildo e Renato faliu como um todo
Por Fabio Utz
Faz pouco mais de uma semana que o presidente Romildo Bolzan Júnior veio a público e disse, claramente, que, na sua visão, o que faltava era uma vitória para o Grêmio ter de volta a confiança e a tranquilidade - a equipe vinha de seis jogos sem ganhar no Campeonato Brasileiro. O time bateu o Bahia até de forma segura, mas esse resultado, ao que tudo indica, foi o último suspiro de um doente terminal. O Tricolor, como um todo, faliu.
O Grêmio de Romildo, Renato Portaluppi e outros ditos intocáveis acabou. Está nítido que o dirigente máximo do clube falhou em sua análise. E, quando isso acontece, fica cada vez mais claro que as cabeças pensantes da instituição não têm a menor noção das razões que levam a equipe a uma sucessão de fracassos no pós-pandemia.
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O clube sentou em cima de triunfos sucessivos em Gre-Nais e em um título pouco expressivo do Campeonato Gaúcho para se colocar em um pedestal de inalcançável. O técnico fala o que quer e todo mundo diz amém. O vice-presidente de futebol não sabe em que mundo está e só ganha elogios. E o presidente, que deveria agir, está perdido. Enquanto isso, a equipe se arrasta em campo, não cria nada durante 90 minutos, perde astros por lesão a cada vez que entra em campo e...está tudo bem? É só carência de confiança? Não, não é. Quando os atletas fazem cera para cobrar um lateral a 10 minutos de jogo, falta ambição e motivação. Quando um treinador troca dois jogadores aos 5 minutos do segundo tempo, ou o intervalo não serviu para nada ou o vestiário foi perdido. E a direção, não enxerga isso?
O Grêmio, repito, faliu. Politicamente (a antiga oposição silencia por já ter os cargos desejados), institucionalmente (é um patinho em meio a leões no mercado, já que não consegue contratar ninguém), administrativamente (demitiu o Thiago Neves pela imprensa e foi zoado pelo próprio atleta depois da derrota por 2 a 0 para a Universidad Católica, na retomada da Libertadores - e quem aguenta, claro, é aqueles que estão do lado de fora), animicamente (dá pena de ver a equipe), taticamente (o coletivo é um Deus nos acuda), tecnicamente (erros infantis se repetem em profusão), fisicamente (o time baba na gravata com o preparador que veio da Tailândia), mentalmente (quatro expulsões nos últimos quatro jogos). A era vencedora chegou ao fim. Os torcedores precisam aceitar isso, e os dirigentes têm é que acreditar e mudar para retomá-la. Pois, do contrário, o tombo pode ser ainda maior logo ali adiante.
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