A histórica Juventus que impressionou o mundo na temporada 1995/96
Por Nathália Almeida
Os fãs de futebol são frequentemente acusados de ter pouca memória. Uma falha que custe um gol ou um título é suficiente para esquecer todas as coisas boas que um jogador fez por um clube. Porém, neste momento, a missão do 90min é reavivar a memória e relembrar 16 grandes times que influenciaram o futebol moderno de 1990 para cá. O que se quer é mostrar que não apenas o Barcelona de Guardiola ou os Galácticos do Real Madrid têm história para contar. E por isso criamos este Mundialito histórico, em que na sequência abriremos votação nas redes sociais.
Com uma linha defensiva fortíssima, um craque no meio e um jovem atacante que viraria um dos maiores ídolos da história do clube, a Juventus de 1995/96 pode até ter 'batido na trave' nacionalmente - ficou com o vice-campeonato da Serie A, sendo superado pelo Milan -, mas brilhou em nível continental e levou aquele que é, ao menos até hoje, o último título de Champions da gigante de Turim. Chegou a hora de relembrar esse timaço bianconero, comandado à época por Marcelo Lippi, hoje considerado um dos treinadores mais importantes na história do futebol italiano:
1. Angelo Peruzzi
Contratado junto à Roma em 1991, o goleiro italiano foi um dos destaques da Juventus nesta temporada, sofrendo apenas 35 gols em 41 jogos e deixando o campo sem ser vazado em 20 oportunidades. Fez uma grande defesa na decisão da Champions contra o Ajax.
2. Gianluca Pessotto
O lateral-esquerdo vivia, em 1995/96, a sua primeira temporada como jogador juventino. Dedicaria dez anos de sua carreira ao clube de Turim, se aposentando em bianconero no ano de 2006. Disputou 39 partidas naquele ano glorioso para a equipe.
3. Pietro Vierchowod
Representou a camisa juventina apenas uma temporada, justamente essa do título europeu. Com grandes atuações, conseguiu superar a concorrência no setor e tornou-se titular absoluto no segundo semestre de 1995/96.
4. Ciro Ferrara
Ex-jogador do Napoli, Ciro Ferrara chegou ao clube de Turim em 1994 e construiu uma bela história em branco e preto, permanecendo no clube por onze anos até sua aposentadoria. Um dos maiores ídolos da história moderna juventina.
5. Moreno Torricelli
Anunciado em 1992, defendeu a gigante de Turim ao longo de 1998, despedindo-se neste ano para defender a Fiorentina. Na temporada do título europeu, disputou 39 partidas oficiais, anotando dois gols. Não era brilhante tecnicamente, mas extremamente voluntarioso e disciplinado taticamente.
6. Paulo Sousa
Do Sporting-POR, viria um volante luso de ótima visão de jogo, que se consolidaria como peça importante para o equilíbrio do meio juventino. De 1994 a 1996, Paulo Sousa disputou 74 jogos pela Velha Senhora, anotando um dos gols da equipe na semifinal europeia contra o Nantes.
7. Antonio Conte
Hoje treinador da Inter de Milão, Conte foi um ótimo meio-campista, com uma bela trajetória pela equipe de Turim. Contratado em 1991, permaneceu na Juventus até sua aposentadoria, em 2004. Disputou 41 jogos ao longo da temporada 1995/96, anotando sete gols.
8. Didier Deschamps
A Juventus parece ter uma predestinação para grandes jogadores franceses vestindo sua camisa: Platini nos anos 80, Zidane na reta final da década de 90, Didier Deschamps no início dela. Líder técnico e moral, disputou 40 jogos em 1995/96.
9. Alessandro Del Piero
De 1993 a 2012. Uma vida inteira dedicada à Juventus, onde tem status de lenda atemporal. Em 1995/96, ainda era um garoto de 20 anos dando os primeiros passos para a construção de idolatria em Turim, mas já mostrava que seria gigante: 13 gols anotados em 44 partidas na temporada.
10. Fabrizio Ravanelli
Del Piero era a juventude e Ravanelli, a experiência. De longa rodagem no futebol italiano, o atacante contribuiu com 17 gols anotados na temporada 1995/96, um deles pra lá de especial: o único da Juventus na decisão europeia contra o Ajax, que terminou em 1 a 1 e foi decidida nas penalidades.
11. Gianluca Vialli
Com dois gols marcados nas semifinais contra o FC Nantes, o atacante italiano teve participação decisiva na campanha do título europeu juventino. Ao longo da temporada, foi às redes 14 vezes em 38 partidas. Pelos números bem divididos, é fácil perceber como essa trinca de ataque se entendia muito bem dentro das quatro linhas, com todos sendo cruciais para a produção ofensiva bianconera.