A eliminação do Flamengo prova que, na Libertadores, o investimento não é tão determinante quanto na Champions

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FBL-LIBERTADORES-FLAMENGO-RACING / ANTONIO LACERDA/Getty Images
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Na última terça-feira (01), Flamengo e Racing se enfrentaram pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores 2020. O clube brasileiro tinha a vantagem de um 0-0, por ter feito gol fora de casa na primeira partida, mas o resultado não se desenhou assim.

Os rubro-negros tiveram amplo domínio da partida desde o começo do jogo, mas errando muitas finalizações em jogadas de perigo - 19 finalizações no total, sendo cinco com direção no gol. Vitinho e Bruno Henrique tiveram várias oportunidades de abrir o placar ainda na primeira etapa, mas esbarraram na falta de qualidade na finalização.

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TOPSHOT-FBL-LIBERTADORES-FLAMENGO-RACING / ANTONIO LACERDA/Getty Images

Os argentinos tiveram o gol logo após a expulsão de Rodrigo Caio, no segundo tempo. Após isso, voltou a se montar para contra-ataques, como havia feito no primeiro tempo. Sem velocidade nas transições e sem qualidade no passe para bolas longas, não atacou mais. O gol rubro-negro veio no décimo quinto escanteio da equipe na partida, em cabeceio do volante Willian Arão.

No fim, a eliminação nos pênaltis provou que na Libertadores não se ganha quem tem mais dinheiro, mais investimento ou melhor elenco, mas sim quem é mais objetivo e inteligente. Não basta pagar milhões e milhões por um jogador, e o mesmo errar diversas chances de cara pro gol, como foi Vitinho e Bruno Henrique anteontem.

A Libertadores é um dos campeonatos mais concorridos, improváveis e emocionantes do futebol mundial, e é óbvio que um bom investimento para a montagem do elenco seria bem-vindo. Mas não é só isso que é necessário para se manter regular na competição. Trata-se de uma competição que é a vida de milhares de times e torcedores pelo continente, com os jogadores dando tudo dentro de campo em busca da glória eterna.

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TOPSHOT-FBL-LIBERTADORES-FLAMENGO-RACING / ANTONIO LACERDA/Getty Images

Ao contrário da Champions, o alto investimento não é sinônimo de boas campanhas, títulos e boas atuações. Na competição europeia, ganha quem tem mais elenco, qualidade na equipe titular e reserva, e claro, um pouco de objetividade e inteligência que vemos na Libertadores.

Dos últimos campeões da Champions, nenhum é contestável, todos tiveram mérito de chegar até ali com os elencos fortíssimos que possuíram. Caso dos quatro títulos do Real Madrid com Cristiano Ronald & cia, o Liverpool do ótimo Jurgen Klopp e o Bayern de Munique avassalador de Lewandowski.

A Libertadores é boa por conta disso. Por conta das histórias improváveis que nos vêm aos olhos em todas as edições, e suas histórias de superação. Nessa mesma edição, de 2020, vimos o modesto Delfín chegar em seu primeiro mata-mata em toda a sua história e o tricampeão São Paulo sendo eliminado nas fases de grupos, por exemplo.

Não importa a camisa que esteja do outro lado ou a fase no campeonato nacional que os times sul-americanos vão fazer de tudo para saírem com os três pontos ou a classificação em competições de mata-mata como a Libertadores e Sulamericana. É algo cultural de nosso continente e da Libertadores.