9 clubes que podem destronar hegemonias europeias nesta temporada
Por Nathália Almeida
O calendário apertado, o número alto de lesões alavancado pela pré-temporada curta e os mercados menos 'estrelados' em virtude da crise do covid-19 criaram um cenário peculiar para a disputa da temporada 2020/21.
É possível notar um equilíbrio grande de forças nos principais campeonatos nacionais da Europa, com algumas potências derrapando e muitas surpresas chamando atenção pelo bom futebol.
Não são poucos os 'azarões' querendo protagonismo nas grandes ligas do Velho Continente. E eles já merecem ser tratados como forças a serem monitoradas de perto.
A seguir, listamos 9 equipes que podem destronar hegemonias europeias:
Espanha
Atlético de Madrid
Elenco forte, equilibrado em peças e com um trabalho de longo prazo em sua área técnica: o Atlético de Madrid é um forte candidato a destronar a hegemonia compartilhada entre Barcelona e Real em La Liga. A vitória contra o rival catalão neste final de semana foi uma bela demonstração de força.
Villarreal
Misto interessante de juventude e experiência, peças de enorme potencial no ataque e um vitorioso treinador na beira do gramado. O 'Submarino Amarelo' tem o que é preciso para se aproveitar de uma temporada em que Real e Barcelona não estão na melhor forma.
Real Sociedad
Melhor ataque e segunda melhor defesa de La Liga após nove rodadas concluídas, um DNA de jogo muito bem estabelecido e um craque absoluto como armador principal. A médio/longo prazo, pode parecer improvável que a Real Sociedad sustente esses números espetaculares do início da temporada, mas até agora, este grupo respondeu muito bem à pressão.
Itália
Milan
Pioli tem esse vestiário nas mãos e resgatou o moral milanista desde a reta final da temporada passada. Não é o plantel mais talentoso ou profundo em ação na Serie A Tim, mas é a equipe mais organizada, compacta e consciente taticamente do país hoje. O gigante voltou e está louco para destronar a Juventus, irregular neste início de 2020/21.
Napoli
Ao não negociar os principais ativos de seu elenco no último verão - o zagueiro Koulibaly e o meia Fabián Ruiz -, o Napoli deu o primeiro sinal de que almejaria grandes coisas em 2020/21. A mesma lógica do Milan se aplica ao clube partenopei: não tem as melhores peças, mas se destaca pela organização e conjunto. É um plantel maduro e com referências em todos os setores.
Alemanha
Borussia Dortmund
Os confrontos diretos têm sido um problema para o Dortmund, mas sempre 'no detalhe'. Nos últimos dois duelos, gerou enormes problemas ao atual octacampeão nacional, muito em função de seu agudo e talentoso sistema ofensivo comandado por Haaland e Sancho. É justamente esse potencial artilheiro e essa juventude encantadora que pode conduzir o Dortmund ao título nacional.
RB Leipzig
Sem Timo Werner? Sem problema. O RB Leipzig já demonstrou diversas vezes que consegue superar as perdas em seu elenco, pois o seu ponto forte é o sistema de jogo bem elaborado e bem enraizado no clube. Tem o terceiro melhor ataque e a melhor defesa da Bundesliga neste momento, equilíbrio entre setores que o próprio Bayern não tem.
Portugal
Sporting CP
O clube de Alvalade não conquista o Campeonato Português desde a virada do século (2001/02), ou seja, são 18 temporadas consecutivas com Porto e Benfica alternando títulos. Mas isso pode mudar em 2020/21: apesar do 'cobertor curto' do elenco sportinguista, seus principais rivais ainda não encaixaram e encaram turbulências diversas. Olho no Leão!
E na Inglaterra?
A Premier League é tratada por muitos como o melhor nacional do Velho Continente por sua diversidade de vencedores. Não há uma hegemonia em curso no país, afinal, são quatro campeões diferentes nas últimas cinco edições de campeonato.
Contudo, a gente abre uma 'licença poética' para destacar o momento e o nível de atuações de um clube que não é campeão há 60 anos: o Tottenham.
Sob a batuta do multicampeão José Mourinho e passando por cima de gigantes como United e City, o clube londrino pode quebrar sua própria 'supremacia da derrota': encerrar esse jejum histórico e que incomoda bastante o torcedor lilywhite. Não deixaria de ser um fim de hegemonia, não é mesmo?