7 jogadores que se afastaram da seleção por motivos não relacionados ao futebol

O sonho da maioria dos jogadores de futebol é representar o país em que nasceram ou que passaram grande parte da vida. Afinal, qual profissional não gostaria de participar, por exemplo, de uma Copa do Mundo? A vida no esporte internacional, porém, é impactada por diversos fatores e muitas vezes um determinado atleta acaba se distanciando da seleção por motivos alheios ao campo e bola. Veja 7 jogadores que deixaram de ir à seleção por motivos não relacionados ao futebol.

1. Fernando Redondo – Argentina

Fernando Redondo foi um dos melhores meio-campistas do mundo e encantou quem o acompanhou entre os anos 1980 e 1990. Mágico e cheio de recursos, o “Príncipe”, como era chamado, surgiu no Argentinos Juniors e passou por clubes gigantescos como Real Madrid e Milan, mas, no fim das contas, foi muito prejudicado por lesões.

O meia até atuou pela Seleção da Argentina, com a qual disputou a Copa do Mundo de 1994. Em 1996, porém, Redondo acabou sendo barrado na Albiceleste por conta dos longos cabelos, uma das suas marcas registradas. O técnico Daniel Passarela pediu para o meia cortar o cabelo, algo que ele se recusou, e aí portas se fecharam.

"Ele [Passarela] me chamou e nos reunimos no Hotel Palace, de Madri. Me pediu para cortar o cabelo e eu lhe disse que não faria... e ele me disse, me lembro das palavras, que a seleção estava acima dos homens e dos nomes, e iria revisar se necessitava me convocar", afirmou Redondo, anos após o ocorrido, em conversa com o Jornal La Nación.

2. Zlatan Ibrahimović - Suécia

Ibrahimović anunciou aposentadoria da Seleção da Suécia após o término da Euro 2016. Na oportunidade, o polêmico atacante disse que não seguiria defendendo o país dentro das quatro linhas e colocou ponto final em sua carreira internacional. Porém, o tempo passou e, em 2018, Zlatan se mostrou disposto a voltar, mas acabou sendo barrado pelo treinador e não participou da Copa do Mundo da Rússia.

O retorno aconteceu anos depois, em 2021, em jogo das Eliminatórias Europeias para o Mundial do Catar. O craque ficou anos afastado da seleção do seu país...

3. Radja Nainggolan – Bélgica

Radja Nainggolan atuou em grandes equipes da Europa nos últimos anos. Ex-Inter de Milão, Roma e outros clubes, o meio-campista era figura constante na Seleção da Bélgica, mas avisou: se não fosse chamado para a Copa do Mundo de 2018, não defenderia mais o país. E assim o fez, mesmo que sem vontade.

“Eu não voltarei para a seleção nacional. Eu disse que se eu não fosse para a Copa do Mundo, eu iria me aposentar, e eu sou um homem de palavra”, afirmou o meia, em 2018. “Eu jogo o meu futebol aqui [na Inter], com muito amor pelo que eu faço, mas eu tenho uma vida diferente fora daqui”.

4. Juan Román Riquelme – Argentina

Uma das maiores figuras da história do futebol da Argentina, Riquelme também viveu de altos e baixos com a Albiceleste. Inclusive, o antigo maestro se afastou da seleção em duas oportunidades após desavenças com o eterno Maradona.  

"Sei que vou perder a Copa do Mundo da África do Sul (2010), mas quando um jogador de futebol não tem a mesma maneira de pensar que o treinador, eles não podem ficar juntos", disse o ex-camisa 10 em resposta a críticas do então comandante da seleção.

5. Mesut Özil – Alemanha

Özil se despediu da Alemanha pouco tempo após a Copa do Mundo de 2018. Em desabafo em rede social, o meia-atacante relatou discriminação e perseguição pela federação do país após reforçar determinadas posições, como a de ser favorável à imigração e ao multiculturalismo na sociedade alemã. A relação entre o atleta e a DBF ficou ainda mais complicada após o meia aparecer em foto com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

“É com o coração pesado e após muita consideração que, devido aos recentes eventos, eu não vou mais jogar pela Alemanha em nível internacional, já que eu tenho esse sentimento de racismo e desrespeito. Eu costumava vestir a camisa da Alemanha com tanto orgulho e animação, mas agora não mais. Essa decisão foi extremamente difícil para mim porque eu sempre dei tudo por meus colegas, comissão técnica e o bom povo da Alemanha”, declarou.

6. Thomas Müller – Alemanha

Thomas Müller ficou dois anos afastado da Seleção Alemã contra a própria vontade. O meio-campista ainda se considerava capaz de defender o país, mas foi “aposentado” da carreira internacional pelo técnico Joachim Löw. O treinador queria rejuvenescer o pelotão e, por isso, cortou o medalhão.

Contudo, Löw voltou atrás no ano passado e chamou o destaque do Bayern de Munique.

7. Karim Benzema – França

Karim Benzema ficou cinco anos fora das convocações da França após supostamente ter sido cumplice de chantagem contra Mathieu Valbuena. O escândalo afastou o homem-gol da seleção, mas tudo foi contornado e o camisa 9 voltou a ser chamado para representar o país no ano passado.