Clubes propõem medidas para amenizar parte financeira com parada; atletas rejeitam

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Em meio ao avanço da pandemia de coronavírus, o futebol brasileiro parou e ainda não tem data para voltar. A suspensão é necessária, mas também acaba impactando drasticamente o setor financeiro das equipes, e assim os clubes têm buscado formas de minimizar e cortar gastos ao máximo para se manterem ‘de pé’.

De acordo com o ​UOL Esporteuma das medidas consideradas pelas principais agremiações do país é negociar com os atletas uma redução salarial e de direitos de imagem durante essa fase caótica e sem fluxo de caixa. Porém, a proposta não foi bem vista e tem sofrido resistência dos atletas mais bem remunerados do país.

A estrutura da ideia surgiu na última sexta-feira (20), em reunião com quase 50 representantes de clubes das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. A princípio, os atletas receberiam férias imediatas de 30 dias, a partir dessa semana, e, caso o cenário não melhorasse neste esse período, salários e direitos de imagem seriam cortados em 50%. Por fim, caso o quadro não se normalize depois de mais 30 dias, os contratos poderiam ser suspensos até que tudo volte ao normal.

Em discussão, os divergentes propuseram a criação de um piso para as medidas, de modo que só os atletas que recebem acima dos R$ 40 mil por mês sejam afetados. A ‘resistência’ também discordou da suspensão total dos vencimentos e propôs que apenas os direitos de imagem sejam cortados após o período definido.

Ainda conforme o portal, a proposta foi considerada positiva pelos sindicatos estaduais e começou a ser enviada para alguns atletas durante o final de semana. Por sua vez, os jogadores não gostaram do projeto, principalmente os que atuam na Série A e têm os maiores salários do futebol brasileiro. Os futebolistas alegam que também seguem tendo que arcar com suas dívidas.

A contrapartida dos atletas gerou certa apreensão nos clubes, que temem não ter de onde tirar verbas para cumprir com os compromissos. Até o momento, os times seguem recebendo da Rede Globo, mas os demais patrocinadores têm suspendido o pagamento por ‘falta de exposição de imagem’ diante da paralisação do futebol. Os cartolas alegam que a proposta é razoável e que os jogadores só seriam impactados financeiramente, de fato, após 45 dias.

Na manhã desta segunda-feira (23), os clubes devem voltar a se reunir para tratar do assunto e tentar resolver a situação o quanto antes. O anúncio das medidas deve acontecer ainda nesta semana, independente de conflito entre jogadores e clubes.