6 equipes que quase chegaram ao topo e nunca mais foram as mesmas depois de se desmanchar
Por Rodrigo Salomao
Imaginem um Barcelona sem Messi e sem Suárez? Quase aconteceu nesta temporada, com a saída do uruguaio e o quase adeus do argentino. Mas o camisa 10 permaneceu e, por enquanto, ainda não saberemos como será a vida catalã sem seu maior jogador. Ao contrário do Real Madrid que, embora tenha conquistado a última LaLiga já sem Cristiano Ronaldo, também tem lutado às duras penas na Champions League. Sorte merengue que Sergio Ramos ainda continua por lá. No entanto, outros clubes não tiveram a mesma sorte e sofreram duros golpes na desmontagem de seus elencos. Nunca mais foram os mesmos. Confiram abaixo seis desses exemplos:
1. Ajax
O campeão europeu de 1995 ano pelas mãos de Louis Van Gaal sofreu, um a um, o baque de perder Edwin van der Sar, Michael Reiziger, Frank Rijkaard (aposentado), Frank de Boer, Clarence Seedorf, Edgar Davids, Jari Litmanen, Marc Overmars e Patrick Kluivert. Enquanto eles continuavam a dominar a liga holandesa, o Ajax levaria 22 anos para chegar a uma final continental novamente, com o vice-campeonato da Liga Europa em 2016-17.
2. São Caetano
Finalista da Copa João Havelange em 2000 e do Brasileirão em 2001 com o técnico Jair Picerni, o São Caetano encontrou seu ápice ao chegar à decisão da Conmebol Libertadores em 2002. No entanto, temporada após temporada, o clube foi perdendo seus jogadores mais importantes, como Adhemar, Claudecir, Adãozinho, Daniel, César, dentre outros, e nunca mais foi o mesmo. Hoje está na última posição do Grupo A8, da Série D do Campeonato Brasileiro e recentemente sofreu a maior goleada de sua história, um 9 a 0 cruel diante do Pelotas.
3. Valência
O Valencia nunca mais teve campanhas no topo da elite europeia como aconteceu nas temporadas de 1999/2000 e 2000/01. Naquele período, o time chegou a duas finais consecutivas de Champions League. Depois de vencer a Liga de 2004 com Rafa Benítez, a equipe iniciou um período marcado pela instabilidade. Às saídas anteriores de Gaizka Mendieta (Lazio) e Claudio López (Lazio) juntaram-se as de Pablo Aimar, Mauricio Pellegrino e John Carew, entre outros.
4. Leeds
O Leeds United escreveu a página mais importante de sua história ao chegar às semifinais da Champions League de 2001. Depois dessa campanha, o clube e o time se desintegraram. Rio Ferdinand foi para o Manchester United, assim como Alan Smith, Jonathan Woodgate para o Newcastle, Dominic Matteo para o Blackburn Rovers e Harry Kewell para o Liverpool, entre algumas de suas maiores figuras. Em 2004 caiu para a segundona inglesa e, só hoje, com Marcelo Bielsa no comando, voltou a jogar a Premier League.
5. Lille
O Lille chegou ao topo do futebol francês em 2011 com um elenco cheio de grandes jogadores, mas também sofreu com a saída deles e jamais voltou a almejar grandes objetivos. Naquele plantel havia nomes como Eden Hazard, Gervinho, Cabaye, Moussa Sow e Adil Rami, entre outros. Todos deixaram ótimas lembranças no clube, embora depois da saída nada tenha sido como antes.
6. Borussia Dortmund
A equipe aurinegra alemã via como poucos suas figuras saindo para outros clubes em busca de desafios maiores. Seu ponto mais alto foi alcançado quando chegou à final da Champions de 2013 com Jurgen Klopp. Mas, de lá para cá, nada foi mantido. O primeiro a deixar o clube foi Mario Gotze, considerado por muitos "um traidor" por sua saída para o Bayern de Munique em 2013. Ele foi acompanhado ao seu novo clube por Robert Lewandowski (2014) e Mats Hummels (2016). Ilkay Gundogan foi para o Manchester City (2016), Henrrikh Mkhitaryan, para o United (2016) e Ousmane Dembelé para o Barcelona (2017). Apesar do retorno de Gotze e Hummels, a equipe nunca mais foi capaz de enfrentar o Bayern de igual para igual novamente.