6 casos envolvendo mala branca (ou preta) no futebol brasileiro
Por Fabio Utz
Ao insinuar que poderia enviar dinheiro para o São Paulo ganhar do Flamengo na próxima quinta-feira e, assim, abrir caminho para o título do Internacional no Campeonato Brasileiro, o torcedor colorado Elusmar Maggi fez reabrir a discussão sobre esse tipo de "incentivo" no esporte. A discussão a respeito da existência de mala branca ou mala preta é antiga, mas é sempre bom relembrar casos em que a mesma esteve em evidência.
1. Caso Grêmio (1991)
O técnico Vanderlei Luxemburgo, lembrou que no Brasileirão de 1991, quando comandava o Flamengo, recusou uma premiação extra enviada pelo Grêmio. "Cheguei ao vestiário e vi os jogadores espalhados. Percebi que havia algo de errado. O Gaúcho, Gilmar e o Júnior vieram me procurar com a mala branca. Eles disseram que haviam recebido um dinheiro do Grêmio após vencermos o Vitória, resultado que favorecia os gaúchos. Não aceitei e mandei devolver", disse. O Tricolor acabou rebaixado naquele ano.
2. Caso Internacional x Paysandu (2002)
A verdade do caso nunca virá à tona, mas fala-se que o Internacional, que precisava de vitória contra o Paysandu na última rodada do Campeonato Brasileiro para não ser rebaixado, teria dado um prêmio aos jogadores do time paraense em troca de uma "facilidade" em campo. Antes de a bola rolar, o goleiro se sentiu mal e não foi a campo. O Colorado venceu por 2 a 0 e ficou na primeira divisão.
3. Caso Portuguesa (2013)
A escalação indevida de atletas na última rodada do Campeonato Brasileiro da Séria A culminou na perda de pontos de Flamengo e Portuguesa. A Lusa teria "vendido" sua vaga escalando voluntariamente o atleta Héverton, mesmo sabendo que o mesmo não tinha “condição de jogo”. Tudo para beneficiar outro clube, no caso, o Mengão.
4. Caso Fernando Prass (2014)
"Se eu já recebi (de outro clube) para vencer jogo? Sim." A declaração do então goleiro do Palmeiras, em 2014, repercutiu bastante, tanto que ele foi denunciado e julgado. Acabou, porém, absolvido. O assunto surgiu na época pelo fato de o Flamengo não ter mais pretensões no Brasileirão e ser rival do Vitória, que brigava contra o Verdão para evitar o rebaixamento.
5. Caso Cruzeiro (2017)
Após empate em 2 a 2 com o Palmeiras, no Brasileirão, houve relatos de celebração por parte de alguns atletas da Raposa com o incentivo de R$ 500 mil recebido no vestiário após o resultado. Com o resultado, o Verdão perdeu a chance de encostar na briga com o Corinthians pelo campeonato. O Timão negou o envio de dinheiro.
6. Caso Botafogo-PB (2019)
Em 2019, o STJD puniu o ex-presidente Zezinho, do Botafogo-PB, por um ano. Ele apareceu em uma escuta com o presidente do Altos-PI, Warton Lacerda, oferecendo dinheiro para o time piauiense ganhar ou empatar um jogo contra o Náutico - a partida da Copa do Nordeste de 2018 terminou com o placar de 2 a 2.