5 treinadores que têm o ego maior que o currículo
Por Nathália Almeida
Personalidade forte e autoconfiança são quesitos/características importantes para quem trabalha em um meio tão "avassalador" como o futebol (ou o esporte no geral). No entanto, é recomendável tê-las em doses moderadas, caso contrário você se torna simplesmente um 'falastrão', conhecido mais pelas declarações polêmicas/posicionamentos controversos do que pelos feitos esportivos.
A seguir, listamos 5 treinadores que têm o ego maior que o currículo:
1. Jorge Jesus
O técnico português marcou época no curto período em que esteve no Brasil, conduzindo o Flamengo a uma série histórica de conquistas em sequência, jogando um futebol vistoso e dominante. Fato. Sobre isso não há qualquer questionamento possível.
Contudo, as declarações soberbas/fora do tom - como a vez em que minimizou o caso de racismo ocorrido em PSG x Istambul, pela Liga dos Campeões -, o menosprezo ao futebol jogado por alguns de seus rivais fazem e as "picuinhas" tradicionais quando as coisas não acontecem do seu jeito (com imprensa ou árbitros) fazem dele uma figura pouco cativante.
2. Dunga
Dentro das quatro linhas, Dunga foi grande, não à toa tem um título mundial em seu currículo, honraria que é privilégio de poucos atletas na história do futebol mundial. Como treinador, no entanto, o gaúcho nunca foi brilhante e nunca justificou o prestígio que tinha junto à CBF, ao ponto de ter sido escolhido para comandar a Seleção em duas ocasiões/passagens diferentes.
Seu estilo turrão e pouco sociável, além de "disciplinador" no trabalho do dia a dia, criou muitos desafeitos e polêmicas. Tudo isso sem trazer o contrapeso de um grande trabalho, afinal, exceção à conquista da Copa América de 2007, não há grandes marcas em sua trajetória na área técnica.
3. Jorge Sampaoli
Gênio nas ideias e caótico no convívio: o "pacote Sampaoli" é um dos mais complexos de se lidar no mundo do futebol. Não é nada fácil atender todas as expectativas e exigências do comandante argentino, que tem enormes virtudes na forma como lê e pensa o jogo, mas raramente consegue fincar raízes e construir um trabalho de longo prazo justamente por suas demandas e temperamento explosivo.
Importante ressaltar que as conquistas mais relevante de sua carreira foram a Copa América de 2015 com o Chile e o Mineiro de 2020 com o Atlético-MG. Digamos que ele não é nenhum sir. Alex Ferguson...
4. Sam Allardyce
Falastrão e dono de um extracampo complexo - marcado por polêmicas e investigações criminais envolvendo corrupção e chantagem -, 'Big Sam' é visto como um dos treinadores mais arrogantes do futebol inglês, o que é muito curioso, já que seu currículo é marcado por trabalhos comuns em clubes pequenos/médios do país.
É um especialista em salvar equipes do rebaixamento, mas isso, convenhamos, não é muita coisa para se "botar banca" de gênio, não é mesmo?
5. Fábio Carille
A ascensão meteórica de Fábio Carille em 2017, conduzindo o Corinthians ao título paulista e ao heptacampeonato brasileiro daquele ano, colocaram o jovem treinador em evidência. O que veio depois disso, no entanto, foi uma faceta que pouca gente conhecia até então: discussões públicas com jornalistas, respostas ríspidas em coletivas e briga declarada com a imprensa por conta de sua tumultuada saída rumo ao Mundo Árabe.
Seus feitos com o Timão em 2017 foram grandes, mas nada justificava essa mudança repentina de comportamento no trato com os outros.