5 mudanças que Jorge Jesus fez em relação ao Flamengo de Abel
Por Antonio Mota
No último sábado (1º de agosto), Abel Braga concedeu entrevista ao Aqui com Benja, da Fox Sports, e, entre vários assuntos, comentou sobre sua curta, intensa e tumultuada passagem no Flamengo no começo da temporada passada. Para o experiente treinador, o trabalho estava sendo feito e ele foi injustiçado.
“Acho que houve um pouco de exagero, porque sou muito cético em relação às críticas. Tudo que era a proposta até aquele momento, o que o Flamengo queria, foi conseguido”, desabafou, reforçando o argumento com a conquista da Florida Cup, da Taça Rio e do Carioca e da classificação na fase de grupos da Copa Libertadores.
Em vista da declaração de Abelão, decidimos elencar 5 mudanças que Jorge Jesus fez em relação ao Flamengo de Abel. Confira abaixo:
1. Diego '2º volante'
Com o elenco cheio de craques e várias opções, Abel Braga escolheu por acirrar uma disputa que não necessariamente precisaria existir: Diego ou De Arrascaeta. Jorge Jesus mostrou que os dois não só poderiam estar juntos em campo, como também poderiam fazer funções diferentes em praticamente todo o meio de campo – o que aumentou consideravelmente a quantidade de alternativas para o dois e ainda potencializou a capacidade dos dois.
2. Arrascaeta titular
Como expresso acima, Arrascaeta muitas vezes ficou no banco de reservas de Abel Braga, o que gerou muitas críticas na época. Já com o Mister, o uruguaio, junto aos atacantes Bruno Henrique e Gabigol, era parte crônica do setor de ataque do clube.
3. Gerson, Rafinha e companhia
Em sua entrevista, Abel Braga disse ainda que Jesus ganhou muito com a chegada de Pablo Marí, Gerson, Rafinha e demais estrelas que chegaram após a sua saída. De fato, o português ganhou algumas ótimas peças, no entanto, o problema do time de Abelão não era pelo nível individual, mas, sim, pelo coletivo – o Mais Querido era uma bagunça.
4. Intensidade + conjunto + agressividade
O Flamengo de Abel Braga e o de Jorge Jesus se diferenciavam, entre várias outras questões, pela intensidade, pela capacidade conjunta do grupo e também pela agressividade. Em poucas palavras: Abelão parecia não querer perder, enquanto o Mister queria 'vencer, vencer, vencer'.
5. Raça, amor e paixão...
O Flamengo de Abel Braga, bem como os dos anos anteriores, ficou marcado pela apatia dentro de campo. O time não corria, não tinha sangue. Já o de Jorge Jesus era correria o tempo inteiro, todo mundo tinha que marcar, dar carinho, apoiar no ataque e na defesa. A diferença era praticamente dos 110v para os 220v.