5 erros cometidos pelo Vasco na partida contra o Vila Nova que precisam ser consertados

Após a vitória por 1 a 0 em cima do Vila Nova, o Vasco finalmente entra no G-4 pela primeira vez no campeonato. Apesar dos três pontos sem sofrer gols, as atuações da equipe vascaína ainda não convencem e deixam a desejar. Muitos erros individuais e coletivos prejudicaram o rendimento do time e deram espaço para o adversário crescer no jogo, o que poderia ter levado o Vasco à um resultado não tão positivo quanto os três pontos. No entanto, vale destacar que o time sofreu muitos desfalques para a partida, como a ausência do artilheiro Germán Cano, que cumpria suspensão e não pôde atuar no duelo de ontem. Além disso, Lisca não teve a primeira opção para substituir o argentino, já que o reserva da posição, Daniel Amorim, teve problema muscular. O treinador também não pôde contar com o camisa 10 Morato, que vinha contribuindo positivamente para a equipe, mas testou positivo para o Covid e, portanto, ficou fora da partida.

Somado aos desfalques, o Vasco ainda cumpriu calendário apertado nas últimas semanas, o que acaba contribuindo o desgaste físico e psicológico dos atletas. Além disso, o trabalho da equipe é prejudicado, já que dispõem de menor tempo para treinar e se recuperar. O time enfrentou o São Paulo, com um a menos, na última quarta-feira; Poucos dias depois embarcava para a Bahia, em jogo de quase três horas, em gramado sem as condições ideais para o jogo. Dois dias depois, se apresentava para mais um jogo, em casa, contra o Vila Nova. Essa continuidade de partidas em datas muito próximas, e, ainda mais em situações desfavoráveis, prejudicam o rendimento da equipe dentro dos gramados. Portanto, é preciso considerar e entender a situação atual da equipe, que mesmo em meio aos desgastes, conseguiu duas vitórias seguidas pela Série B, e sem sofrer gols.

O Vasco conseguiu os três pontos, embora tenha cometido muitos erros que poderiam ter dado resultado no empate, ou até em uma derrota. Entenda alguns dos erros cometidos pelo Vasco na partida contra o Vila Nova:

1. Dificuldade no contra-ataque

O meio de campo do Vasco sofreu com a lentidão da equipe e teve dificuldades de aproveitar possíveis contra-ataques. Léo Jabá e principalmente Marquinhos Gabriel não conseguiram construir jogadas que possivelmente mudariam o percurso do jogo. Marquinhos errou muito e desperdiçou chances de deixar o seu companheiro Jabá na cara do gol. O cruz-maltino poderia ter aproveitado melhor a vazão da defesa da equipe de goiana e ter tido maior vantagem.

2. Substituições tardias

Além da substituição forçada de Castán, que sentiu ainda no primeiro tempo, Lisca demorou para mexer e, Sarrafiore e Marquinhos, mesmo fazendo uma partida de baixo rendimento, só foram substituídos pelo treinador aos 22 minutos da segunda etapa. Isso fez com que a equipe, que já estava lenta, sofresse ainda mais com a falta de entrega de Marquinhos Gabriel, que já era consumido pelo cansaço.

3. Pouca assertividade no ataque

Apesar do melhor volume de jogo comparado ao adversário, o Vasco não conseguiu converter a vantagem e finalizar com assertividade. MT, cria da base, Sarrafiore e Marquinhos Gabriel não fizeram um bom jogo e não conseguiram construir e concluir jogadas que poderiam ter dado um melhor resultado ao gigante da colina.

4. A pressão atrapalha os crias da colina

Não é de hoje que o Vasco lança jogadores promissores vindos da base que aparecem, fazem boas jogadas, começam a errar, e perdem espaço no elenco. Foi assim com Talles Magno, maior aposta do Vasco na base nos últimos anos. Mas o que acontece com esses jogadores? A situação do cruz-maltino traz muita pressão para os jovens atletas que ainda tem muito a evoluir e a ganhar experiência. São novos e não tem margem para erro. Um exemplo disso é o jovem MT, que vem de partidas ruins e parece sentir a pressão e cobranças.

5. Volume de jogo não é constante

Até os 30 minutos do primeiro tempo, o Vasco tinha o controle do jogo, mesmo que encontrasse dificuldades em transformar o domínio em chances claras de gol. No entanto, o Vila Nova chegou ao segundo tempo com postura diferente e conseguiu o controle do jogo, apresentando perigo para a defesa vascaína, que muitas vezes, sob pressão concede gols que poderiam ser evitados. Apesar de não ter sofrido o gol de empate desta vez, a falta de constância atrapalha a equipe vascaína e já lhe custou amargos empates e derrotas.