5 coisas que aprendemos sobre o Brasileirão e seus protagonistas durante a data FIFA
Por Nathália Almeida
A data FIFA veio para confirmar algumas 'suspeitas' e colocar alguns personagens sobre holofotes, fossem eles negativos ou positivos.
E como nós não gostamos de ficar em cima do muro, aqui vão algumas 'verdades inconvenientes' - sobre o Brasileirão, seus clubes e protagonistas -, que vieram à tona nestes últimos dez dias:
1. O Flamengo é muito favorito ao bicampeonato
O período de instabilidade do Rubro-Negro sob nova direção durou menos tempo do que seus adversários gostariam. O futebol pode até não ser tão brilhante e avassalador como o de 2019, mas o fato é que o atual campeão brasileiro voltou a empilhar vitórias, com algumas de suas grandes estrelas voltando à velha forma. É muito favorito ao bicampeonato nacional.
2. Galo não tem fôlego para 38 rodadas de alto nível
Apesar de todos os esforços feitos pela diretoria atleticana em atender as muitas demandas de Jorge Sampaoli, é evidente que há uma distância considerável de qualidade entre os elencos do Galo e do Flamengo. Isso fica ainda mais escancarado quando ambos sofrem perdas por lesão, convocação ou outro motivo qualquer: a reposição rubro-negra sempre vem em alto nível. No Alvinegro, nem tanto.
Mas 'material humano' não é o único grande desafio a ser superado pelo Atlético em sua missão pelo título brasileiro: a pressão interna e externa pela conquista pelo alto investimento e calendário vazio, além das longas décadas de seca, mexem mentalmente com o grupo.
3. Everton Ribeiro merece mais chances na Seleção
O camisa 7 do Flamengo é um dos jogadores mais regulares do futebol brasileiro nos últimos anos e só isso já deveria ser suficiente para lhe render um espaço maior em nível de Seleção. E os minutos recebidos por ele nas partidas contra Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias, só testemunharam a seu favor: veio muito bem do banco de reservas nas duas ocasiões, criando jogadas agudas e participando diretamente do quarto gol canarinho contra os peruanos. Justiça, ainda que tardia.
4. Coudet precisa de tempo: seu Inter tem boas virtudes
Após um setembro turbulento e que deu voz aos primeiros entusiastas pela ruptura do trabalho de Eduardo Coudet, o Internacional voltou à boa forma apresentada nas primeiras semanas de Brasileirão. São três vitórias consecutivas da equipe gaúcha, com três boas atuações.
Há muito a ser melhorado - especialmente a parte defensiva, que mostrou fragilidades diante do Sport -, mas há também muitas virtudes já evidentes nestes poucos meses de trabalho do argentino. É preciso destacar que o Colorado é quem tem o 'cobertor mais curto' dentre os clubes que hoje estão no G-4. Esqueçam os Gre-Nais e deixem Coudet trabalhar!
5. Rogério Ceni veio para ficar
Se ainda havia alguma dúvida sobre a capacidade de Rogério Ceni à beira da área técnica, outubro veio para pulverizá-la. As atuações corajosas e encantadoras aos olhos contra Galo (Brasileirão) e São Paulo (Copa do Brasil) - partidas marcadas por expulsões pra lá de discutíveis contra o Fortaleza -, reforçam como o jovem comandante veio para ficar. Organização, disciplina tática e ideias refrescantes de como fazer futebol são as marcas registradas de seu trabalho.