4 momentos marcantes do Fluminense no Maracanã

Nesta terça, 16 de junho, celebramos os 70 anos do estádio mais charmoso e tradicional do futebol mundial. Casa de vitórias históricas e também de derrotas dolorosas para o povo brasileiro, o Maracanã está no coração e na memória afetiva de todos os apaixonados pelo esporte, em especial os cariocas. Aqui, lembraremos 4 momentos marcantes para o torcedor do Fluminense que foram escritos e protagonizados no palco mais famoso do planeta:

1. O título brasileiro de 1984

O Tricolor Carioca não conquistava um título nacional de peso há 14 anos, desde a Taça de Prata de 1970, celebrada no Maracanã contra o Atlético-MG na decisão. Contando com um timaço dirigido por Carlos Alberto Parreira, o clube das Laranjeiras emplacou uma grande campanha no Brasileirão de 1984, chegando à decisão contra seu arquirrival, o Vasco do craque Roberto Dinamite. 1 a 0 no primeiro jogo com gol de Romerito e 0 a 0 no segundo, com quase 130 mil pessoas presentes no Maracanã, sacramentaram o segundo título brasileiro do Fluminense.

2. A barriga de Renato e o título carioca de 1995

Ainda que o Carioca seja visto como algo secundário hoje - os anos ressignificaram o peso do Estadual, e com razão -, seu valor era imenso até a virada do milênio. Em 1995, o Tricolor vinha de longo jejum na competição e teria pela frente, na grande decisão, o estrelado Flamengo de Romário e cia. O Rubro-Negro celebrava seu centenário (1895-1995), e por ter construído a melhor campanha na classificação, tinha a vantagem do empate. Tudo parecia conspirar em favor do time da Gávea, que ainda tinha a maioria dos torcedores no Maracanã. Mas o corajoso Fluminense colocou 'água no chopp' da festa rival, vencendo por 3 a 2 com direito a enredo apoteótico: abriu 2 a 0, tomou empate, teve jogadores expulsos e desempatou o duelo com o 'gol espírita' de Renato Gaúcho, de barriga.

3. A Libertadores de 2008

O desfecho é doloroso e causa calafrios ao torcedor tricolor, mas não exaltar a campanha do Fluminense na Libertadores de 2008 seria um crime. O que o clube das Laranjeiras fez naquela edição, especialmente nas partidas em casa, é histórico. Melhor campanha da fase de grupos, golaços, goleadas e reviravoltas contra as duas maiores potências do continente à época: São Paulo, nas quartas; e Boca Juniors, na semifinal. A taça continental não estar na sala de troféus das Laranjeiras é a prova de que justiça não é uma grandeza inerente ao futebol.

4. 1% de chance, 100% de fé: a reação de 2009

Ao chegar à reta final do Brasileirão de 2009 com apenas 27 pontos conquistados, todos já davam o Fluminense como rebaixado. Com apenas um 1% de chance de permanência na elite de acordo com a matemática, o clube das Laranjeiras precisaria ser praticamente perfeito nas rodadas finais do Brasileirão para não cair. Foi aí que o time do impossível apareceu e fez história: seis vitórias e um empate nas sete rodadas finais, sendo o primeiro triunfo da sequência invicta justamente no Maracanã, contra o Galo. O maior palco futebolístico do país seria fechado para reformas no ano seguinte, logo, não veria o tricampeonato tricolor, mas foi parte crucial para a arrancada de 2009.