4 melhoras no elenco para o Fluminense sonhar com o título da Libertadores
Por Nathália Almeida
Apontado por muitos a 'grata surpresa' entre brasileiros nas primeiras três rodadas da Libertadores, o Fluminense vem chamando atenção pela maturidade em suas apresentações na competição. Mesmo sem jogar o torneio continental há longos oito anos e mesmo encarando adversidades que não deveriam existir - desafios logísticos e arbitragens tendenciosas, por exemplo -, o Tricolor das Laranjeiras está em boas condições de avançar ao mata-mata.
É possível, no entanto, sonhar com algo ainda maior? Pensar em título é algo fora da realidade?
A seguir, listamos 4 ajustes/melhoras que o Fluminense precisa em seu elenco para poder vislumbrar a conquista do título inédito de Libertadores:
1. Contratar um lateral-esquerdo
A lateral-esquerda é a posição que mais preocupa o torcedor hoje, e não podemos dizer que essa tensão é injusta. Egídio e Danilo Barcelos não passam confiança e pecam no mesmo quesito: o momento defensivo, seja pela recomposição lenta ou pela dificuldade na marcação.
Não à toa, Santa Fé e Junior, últimos rivais do Fluminense na Libertadores, atacaram majoritariamente pelo lado esquerdo da defesa tricolor. Buscar um lateral confiável no mercado seria o mais recomendável.
2. Marcos Felipe e as saídas do gol
O Fluminense definiu que Marcos Felipe é o título do gol, status alcançado de forma merecida pelo atleta criado em Xerém. É muito bom nos fundamentos de "debaixo das traves", como reflexo e tempo de reação, e isso ficou evidente na defesa milagrosa que fez nos acréscimos do duelo contra o Santa Fé.
Contudo, as saídas do gol têm sido um problema para Marcos Felipe: já são dois pênaltis infantis cometidos neste início de temporada, um contra o River Plate e outro contra a Portuguesa, ambos em lances semelhantes. Precisa trabalhar o fundamento para não se tornar um problema ainda maior.
3. Martinelli não tem reserva
O corpo de volantes do Fluminense é praticamente "unidimensional" em características e isso pode ser um problema no decorrer da competição e da temporada. Wellington, Hudson, Yuri Lima, André e Yago Felipe são mais marcadores do que construtores, apesar deste último ter uma boa presença ofensiva e saiba pisar bem na área rival.
Martinelli é o mais móvel e habilidoso dentre os jogadores deste setor, um segundo volante clássico, ou "regista" no termo da moda. Em sua ausência, o Fluminense perde muito nesses fundamentos, pois não há opção com estilo de jogo semelhante.
4. Subaproveitamento de Ganso
PH Ganso tem um dos maiores salários do elenco e foi bem nas chances que recebeu durante a disputa do Carioca. Envolvê-lo um pouco mais no planejamento de Libertadores é importante, pois o camisa 10 agrega características que os outros armadores do plantel não têm. Não é a melhor escolha para jogos em que o Fluminense escolher atuar reativamente, mas pode ser útil nas partidas contra os rivais colombianos no Maracanã.