3 fragilidades do Boca Juniors para o Santos explorar nesta noite
Por Nathália Almeida
Na noite desta quarta (13), conheceremos o segundo e último finalista da Conmebol Libertadores 2020, e ele sairá do confronto entre Santos e Boca Juniors na Vila Belmiro.
No primeiro 'Brasil x Argentina' da semifinal, deu Brasil na chamada 'bacia das almas': o Palmeiras sobreviveu à enorme pressão do River Plate no Allianz e avançou com um agregado de 3 a 2.
Hoje o Peixe tentará confirmar uma final 100% tupiniquim, algo que não acontece desde 2006. Para isso acontecer, os comandados de Cuca precisam de uma vitória simples em casa diante do gigante argentino.
A seguir, listamos três fragilidades do Boca que o Santos pode explorar nessa decisão:
1. Lentidão do miolo de zaga
Lisandro López e Izquierdoz são bons zagueiros: físicos, intensos e experientes. Mas definitivamente não são velozes, e isso ficou provado quando Izquierdoz perdeu na corrida para Marinho e derrubou o atacante alvinegro em pênalti claro ignorado pela arbitragem em La Bombonera.
A agilidade que falta ao miolo de zaga xeneize sobra ao ataque santista com Marinho, Soteldo e Kaio Jorge. Explorar a lentidão da defesa rival com infiltrações, tabelas e jogadas individuais de habilidade é uma boa estratégia para o Peixe.
2. Dupla de ataque 'apenas voluntariosa'
Carlos Tévez foi um cracaço de bola em seu auge, mas hoje é um jogador que não nega estar nos anos finais de sua carreira. É bem verdade que, mesmo com a idade avançada e sem a explosão de outrora, ainda se trata de um jogador inteligente e aguerrido, mas até mesmo a imprensa argentina trata o comando do ataque como o ponto mais fraco deste elenco.
A grande força ofensiva do Boca não mora em Tévez/Soldano, mas sim na dupla de meias ofensivos, Salvio e Villa. Isso 'facilita' um pouco a vida do sistema defensivo alvinegro, que não tem tantos 'alvos de preocupação' para ter que neutralizar na Vila.
3. Volantes: incógnitas na parte física
A dupla de volantes do Boca consiste em uma parte fundamental para o equilíbrio do setor de meio-campo xeneize, que é o coração desta equipe. Diego González e Jorman Campuzano são ótimos jogadores: são combativos, bons passadores e defendem com qualidade, dando a proteção necessária para que Villa e Salvio possam brilhar.
Contudo, 'Pulpo' González voltou de lesão na semana passada e vive uma temporada marcada por contusões, enquanto Campuzano não jogou a ida em La Bombonera por motivo de lesão e vai 'pro sacrífico' na Vila. A parte física talvez ajude o Peixe a ganhar essa batalha no meio-campo, setor estratégico e crucial para o destino deste duelo.