3 acertos e 3 erros do Fluminense na vitória contra o Sport
Por Nathália Almeida
Em um campeonato onde praticamente todos os clubes da parte de cima estão tropeçando continuamente, o importante para quem almeja uma vaga na Libertadores é vencer. Do jeito que for.
Na noite do último sábado (16), o Fluminense venceu o Sport Recife por 1 a 0 no Nilton Santos, resultado valioso para as pretensões do clube na competição. A forma como a vitória veio é que o problema: definitivamente não foi um bom jogo do time carioca, atuação ruim que levantou ainda mais desconfiança e reclamações dos torcedores tricolores nas redes sociais.
O que deu certo e o que deu errado? Analisaremos a seguir:
ACERTOS
Meio mais móvel sem Hudson: a entrada do garoto Martinelli na vaga do veterano Hudson deu um pouco mais de qualidade no passe e mobilidade ao meio-campo. Ainda não dá para dizer que o Tricolor encontrou sua formação ideal para o setor, afinal, segue pecando demais na parte criativa. Contudo, a solução parece realmente passar pelas joias da base;
Calegari mais livre: o jovem lateral foi uma das poucas armas ofensivas efetivas do Fluminense na partida, sendo uma ameaça constante pelo lado direito. Mais livre para apoiar, o talentoso camisa 31 criou as principais jogadas ofensivas do time da casa, dando a assistência para o gol de Lucca e servindo Felippe Cardoso em jogada que poderia ter matado a partida, não fosse o erro do atacante;
Virou a página: depois de sofrer uma goleada dolorosa por 5 a 0 - pior derrota do clube na temporada e maior revés da história do duelo contra o Corinthians -, não era absurdo imaginar um Fluminense abalado e prostrado em campo. Mas a equipe mostrou que virou a página e, mesmo sem ter jogado bem, lutou;
ERROS
Setor criativo: a grande 'pedra no sapato' do Fluminense tem sido a criação, e ainda não foi com essa série de mudanças promovidas por Marcão, que o time carioca conseguiu sair de campo satisfeito com seu volume de chances criadas. Muito pelo contrário, na verdade. Pobre em ideias, a equipe carioca segue dependendo do acaso ou de lances isolados;
Resistência ao uso da base: a entrada de Martinelli é um alento, mas a comissão técnica parece continuar resistente à ideia de dar minutos de jogo e espaço para os jovens da base. Já passou da hora do artilheiro John Kennedy entrar de fato na rotação ofensiva do time carioca, principalmente quando as alternativas à Fred são Felippe Cardoso e Caio Paulista, que se cansam de erros domínios, matar contra-ataques e errar gestos técnicos simples para qualquer jogador profissional;
Dificuldade em ser protagonista e matar jogos: mais uma vez o Fluminense abriu o placar de um jogo e, conscientemente ou não, resolveu recuar e defender o resultado. É uma estratégia ruim para quem tem uma defesa instável, e não faz muito tempo que o time foi castigado por isso: empate por 1 a 1 contra o Vasco em São Januário, sofrendo o gol que igualou o marcador já na reta final. O Tricolor precisa ter ambição em ser protagonista e ter o controle do jogo;