10 jogadores lendários que não foram bem como treinadores de suas antigas equipes
Por Nathália Almeida
Na tarde da última segunda-feira (25), o Chelsea veio a público para comunicar a demissão do técnico Frank Lampard, uma decisão que certamente abalou estruturas em Stamford Bridge, muito em função do status de lenda que o inglês construiu no clube por seu tempo como atleta.
Ao longo da história do futebol, nos deparamos com esse enredo algumas vezes: ídolos por seus feitos dentro das quatro linhas que não conseguem repetir o mesmo sucesso na área técnica. E é sobre isso que falaremos a seguir, listando 10 casos envolvendo clubes e seleções:
1. Gennaro Gattuso
Como jogador, o italiano foi um baita volante e passou grande parte da sua carreira no Milan (1999 até 2012), conquistando dezenas de títulos, incluindo duas edições de Champions League.
O mesmo sucesso não se repetiu em sua curta jornada como técnico rossonero: comandou a equipe entre novembro de 2018 e maio de 2019, caindo nas oitavas da Europa League e ficando em sexto na Serie A Tim antes de rumar ao Napoli, onde vem muito bem.
2. Thierry Henry
Apontado como um dos maiores jogadores da história do futebol francês, Henry conquistou uma Ligue 1 com o Mônaco, seu clube formador. É um dos grandes orgulhos do clube do Principado.
Quando retornou ao time monagasco para atuar como treinador, a expectativa era alta, mas o desfecho foi melancólico: demitido após onze derrotas em apenas 20 jogos totais.
3. Fernando Hierro
Zagueiro espetacular e de imenso currículo, Fernando Hierro disputou 90 partidas pela Seleção da Espanha, anotando nada menos do que 30 gols, número altamente expressivo para um jogador de defesa.
Seu retorno à Fúria aconteceu em contexto turbulento, sendo ele o escolhido para comandar a equipe que disputaria a Copa do Mundo de 2018, após ruptura repentina de Julen Lopetegui. Pego de surpresa, teve pouquíssimo tempo para trabalhar e viu a Espanha cair nas oitavas na Rússia.
4. Diego Armando Maradona
Maior nome da história da Seleção Argentina, Diego Maradona conquistou a Copa do Mundo de 1986 sendo o grande herói e protagonista da Albiceleste.
Seu retorno ao dia a dia da equipe aconteceria pouco mais de 20 anos depois, sendo anunciado em 2008 como treinador da Seleção. O lendário camisa 10 não foi mal em números gerais, mas a goleada sofrida por 4 a 0 diante da Alemanha nas quartas de final da Copa de 2010 tornou sua sequência insustentável aos olhos da AFA.
5. Clarence Seedorf
De 2002 a 2012, o Milan pôde contar com os talentos e qualidades do meia holandês, um dos grandes de sua posição neste século. Participou praticamente de todas as conquistas emplacadas também por Gattuso, listado anteriormente.
As similaridades entre o holandês e o ex-companheiro de equipe também migram para a área técnica, já que a experiência de Seedorf como treinador rossonero não deixa saudade no torcedor: onze derrotas em 22 jogos, sétima posição na Serie A e eliminação nas oitavas da Champions.
6. Ruud Gullit
O primeiro clube expressivo da carreira de Ruud Gullit foi o Feyenoord, pelo qual disputou 103 jogos entre 1982 e 1985, anotando 41 gols e ganhando dois títulos: uma Eredivisie e uma Copa da Holanda.
Retornou ao clube de Roterdã em 2004 para comandar a equipe naquela temporada, mas não marcou época: sua equipe terminou o ano sem títulos, ficando na quarta posição do Nacional e caindo nas oitavas da Taça da UEFA.
7. Alan Shearer
Maior artilheiro da história da Premier League com 260 gols, o ex-centroavante é o maior nome da história do Newcastle e um dos maiores da história do futebol inglês.
Apesar da bela história construída vestindo alvinegro, seu primeiro e único contato com os Magpies como treinador foi traumático: contratado como plano emergencial para tentar livrar o clube do rebaixamento em 2009, dirigiu a equipe apenas por oito jogos, conquistando somente uma vitória.
8. Ladislao Kubala
Quatro títulos de La Liga, cinco Copas do Rei e outros tantos títulos domésticos de menor expressão fazem do atacante hispano-húngaro um dos maiores nomes da história do Barcelona. Ele defendeu o gigante catalão entre 1950 e 1963, anotando 194 gols em 256 partidas.
O mesmo sucesso não se confirmou em suas duas rápidas aparições na área técnica blaugrana: 21 vitórias em 41 jogos totais (duas passagens), sem conquistar títulos.
9. Marco Van Basten
O lendário atacante holandês passou os primeiros cinco anos de sua prolífica carreira profissional no Ajax, maior clube do país. Como jogador, conquistou três títulos de Eredivisie e outras três Copas da Holanda, anotando incríveis 152 gols em 172 partidas.
O retorno como técnico aconteceu em 2008, mas sua passagem por Amsterdã duraria menos de um ano: foi demitido em maio de 2009, após uma temporada abaixo da média para o padrão do Ajax, apenas o terceiro colocado no campeonato nacional e eliminado precocemente nas Copas.
10. Frank Lampard
Nome que inspirou essa lista, Lampard nunca deixará de ser uma lenda do Chelsea, afinal de contas, dedicou 13 anos de sua carreira profissional ao clube londrino. Foram 13 títulos de expressão conquistados, 210 gols anotados 151 assistências em mais de 640 partidas.
Seu tempo como treinador foi marcado por altos e baixos, e sem conseguir encontrar o equilíbrio ideal de sua equipe mesmo recebendo reforços milionários, acabou demitido após 18 meses de trabalho. Deixa a capital inglesa após 84 jogos no cargo, com 44 vitórias, 15 empates e 25 derrotas.