Corinthians adia votação sobre afastamento do presidente Augusto Melo
- Reunião de conselheiros teve confusão na sede do clube
- Sócios podem ser convocados para definir futuro da política do clube
Por Bia Palumbo

Corinthians realizou reunião para decidir sobre o impeachment do presidente Augusto Melo nesta segunda-feira (20) na sede social do Parque São Jorge, zona leste da capital paulista. O principal motivo da destituição são as irregularidades no contrato com a casa de apostas Vaidebet, antiga patrocinadora.
O local foi cercado por torcedores, sendo que a principal organizada (Gaviões da Fiel) quer a manutenção da atual diretoria, e parte da rua foi bloqueada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Quando o encontro efetivamente começou no ginásio do clube houve muita discussão e ofensas verbais entre os participantes por divergências entre membros da diretoria atual e oposição, inclusive com bate-boca e dedo em riste entre Augusto Melo e Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo. O órgão tem cerca de 300 conselheiros, sendo 200 trienais e 100 vitalícios, mas cerca de 240 pessoas estiveram presentes.
Na primeira convocação para saber se o processo de impeachment continuaria e o resultado foi 126 a favor e 114 contra. Após cerca de seis horas, o pleito foi suspenso por questões de segurança e a nova data deve ser marcada para fevereiro.
Romeu Tuma Jr. ainda não estipula nova data para a votação do impeachment de Augusto Melo.
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Caso Augusto seja afastado ele deixa o cargo imediatamente e quem assume é o vice Osmar Stábile, empresário de 71 anos e conselheiro vitalício desde 2006. Ele já se candidatou à Presidência em 2007 e 2009. A partir daí Romeu Tuma Jr tem até cinco dias para convocar uma assembleia dos sócios no prazo de 30 a 60 dias e eles é quem vão definir se Augusto volta ou não.
Segundo o estatuto do clube há cinco motivos para haver uma destituição do presidente. São eles: a) ter praticado crime infamante, com trânsito em julgado da sentença condenatória; b) ter acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians; c) não terem sido aprovadas as contas da sua gestão; d) ter infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária; e) prática de ato de gestão irregular ou temerária.
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